11º Encontro Baiano de Gestores Municipais de Assistência Social é realizado em Feira de Santana. Valente está participando.

Acontece nesta terça (23) e quarta (24), o 11º Encontro Baiano de Gestores Municipais de Assistência Social na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).
Este ano, o encontro aborda o tema do desfinanciamento do Sistema Único de Assistência Social e os impactos na proteção social das famílias. A iniciativa do encontro, é do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social do Estado da Bahia (Coegemas/Ba).
Em entrevista ao Acorda Cidade, A presidente do Colegiado, Ediana Dourado, destacou que o evento precisou passar por algumas adaptações com relação à pandemia da Covid-19.
“Em virtude da pandemia, nós tivemos que reduzir e tomar todos os cuidados e precauções, portanto, por conta da capacidade de espaço, nós temos aqui 400 inscrições, onde aqui participam gestores, trabalhadores, conselheiros e militantes da assistência social, representando todo o estado da Bahia”, disse.
De acordo com Ediana Dourado, a área da assistência social enfrentou um grande desafio durante a pandemia.
“A assistência social assim como as demais políticas públicas, enfrentaram nesse momento de pandemia um grande desafio, e a assistência social foi primordial nesse processo de enfrentamento. Estivemos na linha de frente durante todo o tempo dando apoio e ofertando a proteção social para toda estas famílias. Atualmente nós temos serviços de programas e projetos de nível nacional, nós temos as proteções básicas e especiais que são ofertadas através do Cras, além dos programas de nível federal como o Bolsa Família que agora está em fase de transição para o Auxílio Brasil, que é o maior programa de transferência de renda em nosso país, que é ofertado através da Política de Assistência Social e dentre outros, como a primeira infância do Suas, e todos estes programas que estão dentro da rede social”, destacou.
Representando o município de Jaborandi, no Oeste da Bahia, a assistente social Suzana Rocha, destacou que o encontro marca uma grande discussão do atual momento, em que toda a sociedade necessita dos recursos federais.
“É de suma importância este encontro, pois é necessário que possamos estar atentos, colhendo todas as informações e ficar por dentro de tudo, porque infelizmente, nós que moramos no interior do estado, lá na região oeste, ficamos meio que excluídos destas informações. Vale destacar que as dificuldades na área da assistência social, são no Brasil inteiro, não apenas na Bahia e de 2020 para cá, as famílias estão sofrendo bastante e nós, que somos técnicos, ficamos de mãos atadas sem saber como lidar com determinadas situações, mas o gestor do município, o prefeito Marcos, ele tem uma visão muito boa com relação à área da assistência e parte do recurso próprio da cidade, é destinado para esse setor”, disse.
De acordo com o secretário especial de Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, Robson Tuma, o quantitativo de pessoas beneficiadas com o novo programa do Governo Federal, o Auxílio Brasil, pode atingir até 17 milhões de brasileiros.
“O Governo Federal tem incrementado e isso não deve ser apenas o papel federal, mas que seja dos estados e dos municípios, mas o Auxílio Brasil, poderá atender até 17 milhões de famílias. É importante destacar também que quem é beneficiário do Bolsa Família, não precisa fazer novo cadastro, pois automaticamente esta pessoa passará a receber pelo Auxílio Brasil, um incremento do valor de portas e saídas, para que estas pessoas possam voltar ao mercado de trabalho e ter o seu direito de cidadania. Ainda estamos passando por um momento crítico e o Brasil conseguiu incrementar cerca de 335 bilhões com o programa do Auxílio Emergencial e estamos fazendo este trabalho, no sentido de visitar a população com maior vulnerabilidade em cada região”, afirmou.
O secretário municipal, Antônio Carlos Borges Júnior, responsável pela pasta da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedeso), declarou que este é o momento para discutir os temas relevantes dentro da área da assistência social.
“Estamos aqui reunidos com secretários municipais, gestores, para discutir temas relevantes para a assistência social, ainda mais daqui de Feira de Santana. Durante a pandemia, estas ações não tiveram os atendimentos suspensos, todos os Cras funcionaram junto com a secretaria de Saúde, mostrando que a assistência social está em primeiro plano para atender a toda a comunidade. Estamos tendo o Plantão Social, o Cras Itinerante, e aqui vamos discutir sobre as políticas públicas da assistência social”, pontuou.
Para o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, o que houve de mais importante na gestão do Governo Federal, foi o aumento do valor do antigo Bolsa Família.
“O que aconteceu de mais importante agora neste Governo Federal, foi o Auxílio Brasil que subiu para R$ 400, além do Auxílio Gás que foi lançado ontem, então houve redução no país inteiro. E nesse período de pandemia, só não houve redução para saúde, e o que nós estamos fazendo agora, é aumentando os investimentos na área da assistência social. Estamos com uma inflação de quase 10% ao ano. Isso significa que o que se comprava no mês, no mês seguinte, você já tem dois dias a menos e o dinheiro não chega até o final do mês. Portanto, essas ações são importantes de apoio social, são extremamente necessárias e a maioria dos municípios não colocam quase nada ou nada do seu orçamento próprio a não ser o pagamento dos servidores”, destacou.
O Município de Valente está representado no evento por Manu Amaral e Isnara, duas assistentes sociais da gestão do SUAS, no município. Para elas, o tema “desfinanciamento do Sistema Único de Assistência Social e os impactos na proteção social das famílias”, é algo que precisava ser dialogado de forma urgente, as representantes Valentenses parabenizaram o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social do Estado da Bahia (Coegemas/Ba), pela realização deste encontro.
* Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

 

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