“Retorno das atividades físicas é essencial e cuidados devem ser respeitados”, alerta ortopedista.

O período do isolamento social deixou muitos praticantes de atividades físicas afastados de uma rotina de exercícios acompanhada por profissionais. Diante da reabertura das academias, há os que optam pelo retorno à prática nestes ambientes e os que ainda não se sentem seguros para flexibilizar o isolamento.
Pesquisas apontam para redução da prática de exercícios e o sedentarismo e suas complicações são preocupações para os profissionais de saúde. Para quem vai aproveitar o momento para retomar a agenda de atividades, o acompanhamento profissional é essencial, alerta especialistas.
Uma pesquisa realizada pela empresa norte-americana de produtos eletrônicos e fitness, Fitbit, analisou 4 milhões de usuários dos produtos e mostrou que o número de passos dados por dia durante a pandemia caiu drasticamente.
Alisson Almeida é ortopedista da Neo Ortopedia e destaca que houve uma parcela do público onde a redução foi ainda maior: “os mais jovens, entre 18 a 29 anos, foram os que apresentaram os piores níveis de atividades.
A falta de movimento é um dos principais fatores que geram problemas ortopédicos e esses problemas são cada vez mais comuns, como dores na coluna e demais articulações”.
Ao pensar no retorno à prática de atividades físicas, seja nas academias, seja em ambientes abertos ou em casa, é preciso estar atento tanto aos cuidados que ajudam a combater a disseminação do Coronavírus (como respeitar o distanciamento social, usar máscaras e fazer higiene das mãos) como pensar também na readaptação do corpo neste momento, lembra Alisson: “Quem já praticava atividade física antes da pandemia e parou ou reduziu o ritmo com o isolamento social, tem o benefício dos efeitos dessas práticas no corpo, na memória muscular. Mas ainda assim é importante que haja um sistema de transição, com uma redução em relação ao ritmo anterior à pandemia.
Isso pode ir sendo aumentado semana a semana, entendendo como está a adaptação do seu corpo. E sempre acompanhado de profissionais que possam ajudar nessa transição, desde personal trainner, passando por fisioterapeutas e ortopedistas, que podem fazer avaliações corretas de como deve ser feita essa prática”.
Se o objetivo é iniciar uma rotina de atividade física a partir de agora, é essencial fazer uma avaliação médica e depois procurar um profissional de educação física para estruturar a melhor rotina de exercícios. O especialista lembra que a prática de exercícios é essencial não só para a saúde física, mas também para a saúde mental do indivíduo, principalmente neste momento de pandemia: “Nosso corpo possui relação sistêmica.
A falta de atividade física pode levar ao estresse, que por sua vez interfere na alimentação, perda do sono e reflexos em um conjunto de fatores”.
fonte: a tarde

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